Prefeitura conclui instalação de caixas d´água em 55 bairros de Bagé

 

Publicado em: 04/05/2009 08:17

Whatsapp

 

A Prefeitura de Bagé, por meio do Departamento de Água e Esgotos (Daeb), concluiu essa semana o projeto de implantação de caixas de água em 55 bairros da cidade. No total, 5.620 residências foram contempladas. Ao custo de R$ 3 milhões, mais a contrapartida do Daeb, a iniciativa é fruto de parceria do Ministério da Integração Nacional com o governo municipal.
O Daeb começou em março de 2007 a fazer o cadastramento nos bairros. Para serem contempladas com as caixas d’água, as pessoas tinham de preencher alguns critérios socioeconômicos estabelecidos. Em junho, o Departamento deu inicio às instalações, começando pelo bairro Ivo Ferronato. Em seguida, começaram as reuniões nos bairros para divulgar os beneficiados e dar informações sobre o projeto.
Por último, depois das instalações, as equipes do Daeb, que envolveram os setores de Serviço Social, do Centro de Educação Ambiental e os Departamentos Operacional e de Projetos, fizeram reuniões de avaliação com os beneficiários, bem como deram informações de como utilizar as caixas da melhor forma possível, como limpá-la, por exemplo.
Na segunda etapa, em 2008, a prioridade foi para bairros que já contavam com caixas, mas onde ainda havia bastante procura. Mais 620 caixas, compradas com o rendimento do dinheiro que estava no banco, foram destinadas a residências que ainda não tinham sido atendidas.
A diretora do Daeb, Estefanía Damboriarena, diz que além de ser uma obra de extrema relevância é um projeto social, na medida em que beneficia cerca de 23 mil pessoas de todos os bairros da cidade.

O antes e o depois
A casa de Marilei Pires, 28 anos, no bairro Ivo Ferronato, foi uma delas. Moradora há cerca de dois anos daquela localidade ela diz ter lembranças da falta de água que quer deixar para trás.
Acordar em alguns dias da semana e não ter como escovar os dentes, lavar o rosto, tomar banho ou mesmo tomar água eram algumas das rotinas dela e do marido.
Nos momentos mais críticos, recorriam ao caminhão pipa do Daeb que estacionava perto da escola do bairro. Armazenavam o que podiam em baldes, bacias, canecas e potes. Havia época em que chegavam a ficar de três a quatro dias sem água. Tempos passados. O dia a dia não é mais esse.
Desde que receberam uma caixa em casa, eles não só tiveram condições de armazenar água em caso de falta como também ganharam dignidade e um direito fundamental à vida, a água.
“Ainda bem que isso tudo mudou. Agora temos outra vida. Quando converso com outras pessoas, percebo que está todo mundo contente aqui no bairro”, avalia.